
04 de agosto de 2016 | 09h30
CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na quarta-feira que seu país exercerá "plenamente" a presidência pro tempore do Mercosul, apesar da posição tomada pelos governos da Argentina, Brasil e Paraguai, que ele chama de "tríplice aliança" e contra a qual, garantiu, ele terá de enfrentar.
"A Venezuela é respeitada, somos presidentes do Mercosul e vamos exercer plenamente, senhores da 'tríplice aliança', (...) e peço a união dos povos da América do Sul em defesa dos direitos da Venezuela", disse o chavista durante ato em Caracas transmitido pela emissora estatal de televisão. "Bem, 'tríplice aliança', aqui os esperamos, aqui vamos enfrentar e aqui vamos te derrotar", acrescentou.
Maduro afirmou que lutará acompanhado dos povos sul-americanos para ver "quem pode mais", "como termina esta batalha histórica" contra essa "tríplice aliança desprezível".
Na sexta-feira, o Uruguai anunciou aos outros parceiros do Mercosul que finalizava seu mandato do bloco, mas não passaria a presidência para o governo de Maduro em razão da falta de consenso entre os Estados-membros e da situação política e econômica da Venezuela.
Logo depois, a Venezuela comunicou ao restante dos países do bloco que assumiria a presidência do Mercosul, mesmo sem a realização de algum tipo de ato, como uma cúpula de chefes de Estado, protocolo habitual para a transferência do comando, ou um comunicado por parte dos outros países.
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai buscarão nesta quinta-feira, 4, durante reunião em Montevidéu, encontrar uma solução para acabar com a crise aberta pela decisão da Venezuela. / EFE
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