WASHINGTON - O jornalista americano Jim Wyss, correspondente do jornal The Miami Herald na região andina, foi detido na quarta-feira, 31, em Caracas e depois deportado para o Panamá antes das manifestações convocadas pela oposição venezuelana para esta quinta. Wyss chegou a Caracas na terça-feira procedente de Bogotá, na Colômbia, onde mora, para acompanhar a marcha opositora que nesta quinta pedirá a realização do referendo revogatório do mandato do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Segundo o próprio Miami Herald, às 17h21 de quarta-feira Wyss enviou um e-mail para a redação do jornal com o seguinte texto: "estou sendo preso pela imigração". Depois de ficar sem se comunicar por várias horas, o jornalista retomou contato com seus superiores para explicar que as autoridades venezuelanas o expulsaram do país em um voo para o Panamá porque ele não estaria com a documentação necessária para trabalhar.
Ainda de acordo com a versão do jornal, Wyss entrou na Venezuela com um visto de jornalista válido até outubro deste ano. "Jym Wiss viajou à Venezuelana como jornalista para cobrir um tema de extrema importância para nossos leitores e para a América Latina. Ele estava fazendo seu trabalho quando foi preso", afirmou Aminda Marqués, editora-executiva do Miami Herald.
Horas depois de ser expulso da Venezuela, o jornalista publicou algumas mensagens em sua conta no Twitter dizendo que estava "a caminho de casa antes do esperado" e explicando que os "agentes venezuelanos foram educados e profissionais, dadas as circunstâncias".
Em 2013 Wyss foi detido pelas autoridades da Venezuela em uma região de fronteira com a Colômbia e, de lá, foi levado para Caracas. Na ocasião, o governo venezuelano afirmou que ele não tinha permissão para exercer a profissão no país e, depois de 48 horas detido, ele foi entregue para a embaixada dos EUA em Caracas. / EFE