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Venezuela pede à Interpol prisão de deputado opositor exilado na Colômbia

Julio Borges foi implicado por outro opositor, Juan Requesens, preso na Venezuela, mas assessores dizem que declaração foi dada sob tortura

Atualização:

A Venezuela pediu à Interpol a captura do deputado opositor Julio Borges, exilado na Colômbia, por sua suposta participação em um incidente que Caracas considerou um atentado contra o presidente Nicolás Maduro, informou o governo bolivariano nesta sexta-feira, 10. 

O então presidente do Parlamento da Venezuela, Julio Borges, recebe o Prêmio Sakharov de Liberdade de Pensamento por sua atuação na oposição a Nicolás Maduro em Strasbourg, na França, em 2017; Nesta terça-feira, 7, o político foi acusado por Caracas de planejar suposto atentado contra o presidente Foto: AP Photo/Jean-Francois Badias - 13/12/17

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"Estamos pedindo código vermelho para o sr. Julio Borges", disse o ministro das Comunicações, Jorge Rodríguez, um uma entrevista coletiva. Ele indicou que o pedido se estende a outros suspeitos implicados que também vivem na Colômbia e nos EUA. 

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Borges foi implicado por outro opositor, Juan Requesens, preso na Venezuela na terça-feira. Requesens afirmouter tido contato com um dos envolvidos no incidente, no qual explosivos em drones foram detonados durante o discurso de Maduro em uma parada militar no sábado. 

"Há algumas semanas fui contatado por (o deputado) Julio Borges, que me pediu o favor de passar uma pessoa da Venezuela para a Colômbia. É sobre Juan Monasterios, que eu entrei em contato por meio de mensagem de texto", disse Requesens a um promotor, segundo um vídeo divulgado pelo governo Maduro.  

No entanto, a equipe de comunicação de Requesens disse que as imagens feitas do deputado no Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional) confirmariam ele está sendo submetido a “coação, tratos cruéis e desumanos”, escreveu a equipe na conta de Twitter de Requesens. “Denunciamos diante dos organismos nacionais e internacionais a tortura a que ele (Requesen) está sendo submetido”, escreveu. / EFE e AFP

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