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Venezuela quer comprar mísseis de defesa aérea

Segundo general, dispositivos seriam ´para a defesa e não para atacar´

Por Agencia Estado
Atualização:

A Venezuela planeja comprar mísseis para defesa do espaço aéreo, especialmente por conta de suas reservas e refinarias de petróleo, afirmou uma das maiores autoridades do governo de Hugo Chávez, nesta terça-feira. O general Alberto Muller disse que o país está em busca de um sistema de proteção do território aéreo e que deverá comprar material da Rússia ou de outro país para defender "pontos estratégicos da nação". "Eles são para a defesa do ar e não para atacar outros países", reforçou Muller. De acordo com a AP, Chávez - um aliado próximo ao presidente cubano licenciado, Fidel Castro - tem repetido insistentemente na possibilidade de invadir os Estados Unidos e, agora, acena para a compra de materiais bélicos e no reforço militar na Venezuela, que é um dos maiores exportadores de petróleo do mundo. Autoridades norte-americanas minimizam o poder de fogo venezuelano, afirmando que o país não tem planos militares, mas Chávez insiste que os venezuelanos precisam estar prontos para a possibilidade. De acordo com a agência de notícias militares russa, Interfax, entre 10 e 12 mísseis Tor-M1 devem ser enviados a um país da América do Sul. Em agosto de 2006, Chávez afirmou que a Venezuela planejava instalar um sistema de defesa avançado, com mísseis capazes de destruir aviões de guerra de possíveis inimigos. Na época, o presidente afirmou que o material poderia ser adquirido da Rússia, Belarus ou Irã. Para John Pike, analista de assuntos de defesa de fronteira da GlobalSecurity.org, sistemas como o Tor-M1 têm alcance limitando e não servem para propostas ofensivas. "Este é apenas um sistema típico de defesa, que tem alcance de algumas milhas, mas apenas isto" afirmou o especialista, minimizando os planos de Caracas.

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