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Venezuela teve que tomar decisão indesejada, diz Chávez

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou ontem à noite que seu governo teve de tomar uma decisão indesejada, ao comentar, sem dar detalhes, que o governo planeja imopor medidas para controlar o câmbio e evitar que o bolívar, a moeda local, desvalorize-se ainda mais enquanto prossegue o locaute que atinge o país. Chávez, no entanto, não deu detalhes sobre quais limites serão impostos pelo governo. "A situação é séria e há um persistente ataque especulativo contra a nossa moeda", disse. A Venezuela deve limitar a quantia de moedas estrangeiras que poderá ser comprada por dia, com o objetivo de conter a depreciação do bolívar, que já caiu 25% ante o dólar neste ano, após ter se desvalorizado 46% em 2002. O limite para trocas deverá proteger o bolívar e as reservas do país, mas afetará a indústria e o comércio do país, que depende fortemente das importações e precisa de dólar para realizar as compras externas. Cerca de 50% dos alimentos consumidos na Venezuela são importados. As engarrafadoras de refrigerantes compram açúcar no mercado externo, os jornais importam celulose e a indústria automobilísticas traz de fora as peças usadas na montagem de veículos. O presidente do Comitê de Finanças do Legislativo e membro do partido governista, Robrigo Cabezas, afirmou que qualquer controle será temporário. Cabezas disse que um grupo de economistas está estudando a possibilidade de adoção do câmbio fixo, determinando o volar do bolívar em 1.500 unidades por dólar. O câmbio fixo deve entrar em vigor na próxima semana. As informações são da Dow Jones.

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