Cerca de 4 mil policiais e militares ocupam as ruas da capital Caracas para garantir ordem durante uma marcha da oposição para exigir eleições antecipadas. O palácio presidencial e o Congresso estão guardados pela Guarda Nacional da Venezuela. Nas ruas, milhares de manifestantes exigiram que o governo do presidente Hugo Chávez convoque eleições ainda este ano para resolver a difícil situação que o país enfrenta após o fracassado golpe de Estado em 11 de abril. Para evitar confronto entre manifestantes de oposição e governistas, 4 mil policiais tomaram as ruas de Caracas. Nesta tarde, militares foram obrigados a dispersar manifestantes governistas que haviam bloqueado as principais vias de acesso a Caracas, para impedir a chegada de centenas de manifestantes de vários pontos do país. Em outras localidades da Venezuela houve confronto entre militares e manifestantes oposicionistas e governistas. Em Guárico, um homem de 43 anos morreu ao receber um tiro na cabeça. Em Carabobo, quatro pessoas ficaram feridas por tiros disparados durante as manifestações. Apesar do confronto, o vice-presidente venezuelano, José Vicente Rangel, disse que a situação é normal em todo o país. Segundo Rangel, o governo esta preparado para enfrentar qualquer situação que pretenda reeditar as violentas manifestações de 11 de abril. Quanto a exigência de "Diretas Já", Hugo Chávez disse que esta disposto convocar novo referendo em agosto de 2003, ao se cumprir metade de seu mandato.