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Venezuelanos protestam contra ações dos EUA após o 11 de Setembro

Passeata com cerca de 200 pessoas fez protestos contra o "terrorismo imperialista" dos Estados Unidos

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 200 manifestantes foram às ruas de Caracas nesta segunda-feira para protestar contra o que consideram o "terrorismo imperialista" desatado pelos Estados Unidos após os ataques de 11 de setembro. Portando bandeiras libanesas, sírias e palestinas, alguns dos presentes se identificaram como descendentes de árabes. O grupo marchou por vários quilômetros, partindo de uma praça no leste de Caracas e se congregando em um local vizinho ao palácio presidencial, no centro da capital. Os participantes da caminhada levaram vários cartazes, entre os quais lia-se "pela paz no Oriente Médio" e "contra a agressão sionista", em alusão aos recentes ataques israelenses no sul do Líbano e em território palestino. "Os seres humanos devemos condenar a violência venha de onde vier", disse Liliana García, uma dona de casa de 46 anos que participou da passeata. "Hoje, quando recordamos o criminoso ataque a Nova York, acredito que é válido também denunciar que (o presidente) George W. Bush se aproveita da dor de sua gente para invadir e atacar países, sem se importar com a matança de milhares de mulheres, crianças e homens inocentes", afirmou ela. Aduen Dáger, um comerciante venezuelano de origem libanesa, portava uma foto da casa de seus familiares destruída no Vale do Bekaa, no sul do Líbano. "Os Estados Unidos e Israel justificam sua agressão aos povos, suas matanças no Líbano, no Iraque, Afeganistão, em qualquer parte do mundo, acusando, sem nenhum fundamento, de terrorista qualquer um que se oponha", afirmou. O presidente Hugo Chávez, um forte crítico da política externa americana, repetidamente condenou os ataques israelenses ao Líbano e em uma ocasião deixou em aberta a possibilidade de romper relações diplomáticas com Israel.

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