24 de março de 2009 | 09h14
Ontem, a África do Sul informou ter proibido o dalai-lama de participar de uma conferência de paz em Johannesburgo originalmente prevista para esta semana. O governo sul-africano argumentou ter tomado a decisão para não colocar em risco suas relações com a China. A medida foi criticada por parte da Comissão Nobel e de outras entidades e indivíduos. Antes do adiamento anunciado hoje, o arcebispo aposentado da Cidade do Cabo Desmond Tutu, que como o dalai-lama ganhou o Prêmio Nobel da Paz, e integrantes da Comissão Nobel cancelaram seus planos de participação na conferência.
O dalai-lama é celebrado em grande parte do mundo como uma figura de autoridade moral, mas Pequim o acusa de tentar destruir a soberania da China por defender a independência do Tibete. O líder religioso, por sua vez, alega estar em busca de "autonomia verdadeira", e não da independência do Tibete. O dalai-lama estabeleceu-se na Índia desde que fugiu do Tibete em 1959, quando um levante armado contra Pequim fracassou. O Tibete é parte integrante da China moderna.
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