Veto de Trump também afeta pessoas com dupla cidadania, diz jornal

De acordo com o 'The Wall Street Journal', cidadãos de Iraque, Irã, Somália, Sudão, Síria, Líbia e Iêmen não poderão usar uma segunda nacionalidade para entrar nos EUA

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NOVA YORK - O veto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana também afeta pessoas que tenham dupla cidadania, informou "The Wall Street Journal" neste sábado, 28.

O jornal, que cita um comunicado que supostamente será publicado em breve pelo Departamento de Estado dos EUA, diz que a medida anunciada pela Casa Branca vai além de Iraque, Irã, Somália, Sudão, Síria, Líbia e Iêmen.

Durante protesto contra a detenção de refugiados no aeroporto JFK, em Nova York, americana segura cartaz com os dizeres 'Refugiados bem-vindos' sobre a inscrição EUA Foto: AP Photo/Craig Ruttle

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Segundo o "WSJ", a proibição temporária de entrada afeta qualquer cidadão original desses países, mesmo que também conte com um passaporte de outro país. Assim, um iraquiano com segunda nacionalidade britânica, por exemplo, não poderá entrar nos EUA mesmo que utilize o passaporte do Reino Unido, que até agora permitia uma viagem sem visto, explica o jornal. O veto, porém, não será aplicado a cidadãos americanos que também tenham a nacionalidade de um dos sete países em questão.

A ordem executiva assinada por Trump na sexta-feira suspende durante 90 dias a concessão de vistos a todos os cidadãos de vários países de maioria muçulmana até que sejam adotados processos de "apuração extrema", o que é visto por algumas organizações como um passo rumo à proibição da imigração muçulmana.

Ao mesmo tempo, a medida ordena a suspensão de todo o amparo a refugiados durante 120 dias, de modo a analisar os mecanismos de aceitação e garantir que radicais não pisarão no território americano.

As autoridades americanas começaram a aplicar estas medidas de maneira imediata e vários refugiados e imigrantes foram detidos nas últimas horas ao chegarem a aeroportos do país. Ainda não se sabe com exatidão quantas pessoas foram detidas, mas a medida provocou grande comoção dentro e fora dos EUA. / EFE