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Viagem de Bush à China não altera ofensiva, diz porta-voz

Por Agencia Estado
Atualização:

O QG da guerra contra o terrorismo internacional transfere-se para a China com a viagem do presidente americano, George W. Bush. a Xangai, iniciada hoje para participar da reunião de cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico). "Penso que essa viagem é muito importante para mim, não só para debater nossos interesses econômicos e bilaterais, como para continuar falando da luta antiterroista", disse Bush, que vai manter encontros com seus colegas Jiang Zemin, chinês, e Vladimir Putin, russo, e o primeiro-ministro japonês Junichiro Koizumi. "Essa guerra pode durar mais de dois anos (tempo que ele mesmo havia previsto na semana passada)", acrescentou o presidente americano. "Há uma grande variedade de cenários. E enquanto houver alguém aterrorizando governos estabelecidos, deve haver uma guerra." Acordos Segundo The Washington Post, em sua ofensiva para obter amplo apoio internacional à luta antiterrorista, Bush deverá prometer ao colega Jiang a suspensão das sanções militares contra a China, impostas em 1989 em represália ao massacre de estudantes da Praça da Paz Celestial. Representantes de alguns países muçulmanos membros da Apec continuam rejeitando os ataques aéreos ao Afeganistão, embora Estados Unidos e Grã-Bretanha insistam em que a guerra contra o terrorismo não é uma guerra contra o Islã. O ministro do Comércio da Malásia, Rafida Aziz, defende uma reforma na Organização Mundial do Comércio como forma de combate ao extremismo. "Mesmo que se barre uma geração de terroristas, uma nova geração vai surgir. Qualquer um pode converter-se em terrorista, se tem um motivo." A viagem de Bush não vai alterar o cenário militar nem provocar uma pausa nos ataques ao Afeganistão, garantiu o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer. disse o porta-voz. Ele acrescentou que nos cinco dias de sua viagem à Ásia Bush manterá estreito contato com os comandantes militares e com o vice Dick Cheney, que permanecerá todo esse tempo na Casa Branca. Fleischer lembrou também que, "mesmo em trânsito", Bush terá amplas condições de comandar todo o processo. O avião presidencial, o Air Force One, é uma "verdadeira Casa Branca aérea".

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