23 de julho de 2014 | 02h02
O juiz acredita que Boudou alterou a data da compra do carro Honda CRX conversível para não dividir esse bem com sua ex-mulher Daniela Andriuolo quando se divorciou. Boudou teria falsificado uma assinatura e carimbos nos documentos que alteravam a data da compra para outubro de 1992, um ano antes de seu casamento.
Ele só admitiu ter sido casado quando essa relação veio à tona em uma investigação jornalística sobre sua declaração de bens, em 2009. Boudou, embora conte com o respaldo público da presidente Cristina Kirchner, está cada vez mais isolado no governo.
Boudou acumula outros problemas na Justiça. O principal é o processo iniciado no dia 27 de junho pelo juiz federal Ariel Lijo, para quem Boudou recebeu 70% das ações da gráfica Ciccone para salvar a empresa de pesadas dívidas com o Fisco.
Segundo Lijo, Boudou cancelou compras de máquinas modernas que a Casa da Moeda faria para aumentar sua capacidade de imprimir dinheiro. A medida tornou a terceirização da Ciccone imprescindível para atender a demanda de impressão de notas de 100 pesos gerada pela escalada inflacionária. Segundo Lijo, a empresa estava sob o comando formal de Alejandro Vanderbroele, considerado pelo juiz o testa de ferro de Boudou.
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