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Vice de Cristina é indiciado por falsificar compra de carro

Amado Boudou alterou data de compra de automóvel de luxo nos anos 90 para não incluí-lo no processo de divórcio com a mulher

Por Ariel Palacios
Atualização:
Amado Boudou, vice-presidente argentino Foto: EFE/PEDRO LÁZARO FERNÁNDEZ

BUENOS AIRES - O vice-presidente argentino, Amado Boudou, foi indiciado nesta sexta-feira pelo juiz federal Cláudio Bonadio por falsificar documentos de compra de um automóvel nos anos 90. Boudou teria alterado a data da compra do carro Honda CRX conversível com o objetivo de não dividir esse bem durante o processo de divórcio com sua ex-mulher Daniela Andriuolo, uma ex-professora de aeróbica com a qual esteve casado um ano.

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Boudou, em um depoimento por escrito que entregou ao juiz Bonadío há poucos dias, afirmou que a culpa das irregularidades na compra do veículo é do despachante que havia contratado para comprar o veículo. "Sou inocente", declarou o vice, que alega ser vítima de um fuzilamento midiático dos poderes conservadores que são "inimigos do governo da presidente Cristina Kirchner.

Boudou havia adquirido o veículo em 1993 e divorciou-se no mesmo ano, mas a data da compra, segundo a imprensa argentina, foi alterada para Nos documentos forjados aparece a data da compra em outubro de 1992.

Esse é o segundo processo contra Boudou, o integrante mais impopular do governo Kirchner. O primeiro processo foi iniciado no dia 27 de junho pelo juiz federal Ariel Lijo, que considera que o vice aceitou em 2010 como suborno 70% das ações da gráfica Ciccone.

 Em troca das ações, que lhe deram o controle da empresa, Boudou - que na época era ministro da Economia - teria usado sua influência dentro do governo Kirchner para conseguir uma anistia pelas dívidas que a empresa tinha com o Fisco. Boudou teria colocado o empresário Alejandro Vanderbroele como seu testa-de-ferro na Ciccone. 

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