Em meio ao crescimento da especulação de que os Estados Unidos podem tentar tirar Saddam Hussein do poder, um alto funcionário iraquiano chamou o presidente dos EUA, George W. Bush, de criminoso, e disse que ele não tem o direito de interferir nos assuntos internos do Iraque. O vice-presidente iraquiano, Taha Yassin Ramadan, afirmou aos repórteres nesta quinta-feira à noite que Bush "é um criminoso conhecido (...) por suas ameaças e agressão contra alguns dos países do mundo". Ramadan estava respondendo aos comentários feitos pelo presidente dos EUA em entrevista coletiva nesta quarta-feira, em que Bush afirmou que Saddam representa uma ameaça para o mundo. Bush disse que estava "profundamente preocupado com o Iraque?, em virtude de Saddam ter usado armas químicas contra o seu próprio povo e não permitir que os inspetores de armamentos das Nações Unidas entrem no Iraque. "(Saddam) é um problema, e nós vamos cuidar disso", declarou Bush, que em janeiro afirmou que Iraque, Irã e Coréia do Norte formavam "o eixo do mal". Ramadan disse que Bush não tem direito de falar de "um presidente (Saddam) que foi escolhido por seu próprio povo".