PUBLICIDADE

Vice-ministra israelense defende nomeação de colono como embaixador no Brasil

Dilma Rousseff teria se incomodado com a indicação de Dani Dayan em razão de ele ter sido o representante de um movimento rejeitado pela comunidade internacional

Atualização:

JERUSALÉM.- A vice-ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Hotoveli, defendeu a nomeação do ex-dirigente colono Dani Dayan como embaixador no Brasil, depois que este rejeitou extraoficialmente sua designação.

"Dayan é a pessoa correta para representar Israel no Brasil neste momento", afirmou a ministra em um comunicado divulgado aos meios de comunicação.

Israelenses com bandeiras nacionais rezam no Muro das Lamentações, em Jerusalém, durante as celebrações dos 60 anos da fundação do Estado de Israel Foto: Dan Balilty/AP

PUBLICIDADE

Ela ainda acrescentou que "sua trajetória pública e sua ideologia devem ser uma vantagem, e não uma desvantagem, quando vai representar a postura do atual governo, que apoia nosso direito de nos assentar em Judeia e Samaria", nomes bíblicos pelos quais Israel chama a Cisjordânia.

A declaração da vice-ministra é a primeira reação oficial do governo israelense a uma informação publicada no domingo dizendo que a presidente Dilma Rousseff enviou uma mensagem na qual rejeita a nomeação de Dayan.

Segundo o jornal Yedioth Ahronoth, Dilma teria se incomodado com a designação do ex-dirigente porque Dayan vive em um assentamento em um território ocupado e foi o representante de um movimento que a comunidade internacional rejeita plenamente.

A mensagem foi enviada através dos canais diplomáticos depois que o governo israelense solicitou a aprovação do brasileiro.

Nascido em Buenos Aires há 59 anos e formado em Finanças, Dayan foi presidente do Conselho Yesha (de assentamentos judaicos na Cisjordânia) entre 2007 e 2013, e esteve envolvido na diplomacia pública israelense dentro e fora do país. /EFE

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.