O vice-presidente da Nigéria,Goodluck Jonathan, anunciou nesta terça-feira, 9, que aceita presidir temporariamente a nação, como solicitou o Parlamento devido a prolongada ausência do presidente Umaru Yar'Adua, hospitalizado no exterior.
"As circunstâncias em que me encontro atualmente, desempenhando a função de presidente do nosso país de forma interina, não são habituais", declarou Jonathan em um discurso pela televisão.
O Parlamento da Nigéria o empossou nesta terça. Tanto o Senado quanto a Câmara da Nigéria aprovaram medidas que preveem a ocupação do cargo por Jonathan até o retorno de Yar'Adua. O presidente eleito recebe tratamento médico por conta de problemas no coração desde novembro.
A ausência de Yar'Adua como líder no país ocasionou a quebra do cessar-fogo acordado entre militantes do Delta nigeriano, região rica em petróleo, e as tropas do governo. Desde que o presidente havia saído do país, ninguém ocupava o cargo formalmente.
A crise no poderoso país, com um histórico de golpes e ditaduras militares, atraiu atenção internacional, com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e líderes europeus pedindo respeito à Constituição.
Já houve protestos pelas ruas da Nigéria, com manifestantes reclamando sobre a falta de comando. Com o projeto do Legislativo, pode haver problemas em um acordo não escrito de divisão do poder entre os cristãos, majoritários no sul do país, e os muçulmanos, maioria no norte.