21 de janeiro de 2010 | 19h33
O vice-presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, ordenou o Exército a assumir a segurança na cidade central de Jos nesta quinta-feira, 21, e prometeu que o governo irá prevenir novos confrontos depois de dias de violência entre cristãos e muçulmanos, que resultaram em centenas de mortos.
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Esta foi a primeira medida executiva tomada por Jonathan, que assumiu a presidência na ausência do mandatário Umaru Yar'Adua - fora do país há dois meses devido ao tratamento de uma doença no coração. O chefe de estado, que está em um hospital saudita, não transferiu seus poderes formalmente ao vice.
"Eu ordenei hoje o Exército a liderar as forças de segurança e assumir a total segurança das áreas afetadas, incluindo as que são consideradas propensas ao risco", declarou Jonathan em um discurso transmitido pela televisão estatal.
Entretanto, a corte federal afirmou que o vice não pode "agir como presidente" e a oposição questionou se ele é legalmente autorizado a deslocar tropas, usando como justificativa a Constituição do país, que só dá essa autoridade ao presidente.
"Posso assegurar que o governo federal está no controle da situação e que essas crise está sendo colocada sob controle", disse Jonathan.
As autoridades nigerianas relaxaram um toque de recolher de 24 horas em Jos, para permitir que as pessoas busquem comida e água e o retorno dos que fugiram dos choques.
A forte presença de tropas e policiais nas ruas ajudou a restaurar a calma na capital do estado de Plateau, onde não foram reportados casos de violência desde esta quarta.
Quatro dias de conflitos sectários mataram mais de 460 pessoas dentro e fora da cidade. A Cruz Vermelha estimou em 17.000 o número de pessoas desabrigadas, que estão vivendo em colégios, hospitais e escolas desde o começo dos confrontos, no último domingo.
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