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Vice-premier pede que tropas não deixem o Iraque

Blair e vice-premier iraquiano conversaram em Londres sobre a reitradas das tropas de coalizão do Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

O vice-premier iraquiano alertou que o debate sobre a retirada das forças de coalizão do Iraque não deve criar um "pânico", que cause a saída das tropas do país. As forças internacionais não devem abandonar o Iraque enquanto a situação ainda estiver volátil, apesar de as forças iraquianas estarem assumindo um papel maior na segurança do país, afirmou o vice-premier Barham Saleh, nesta segunda-feira. "O destino do Iraque é vital para o futuro do Oriente Médio e para a ordem mundial", afirmou Saleh. "Eu acredito que não há opção para a comunidade internacional de parar e correr" disse Saleh a repórteres após se encontrar com o premier inglês, Tony Blair. Saleh disse que as forças iraquianas terão o controle de sete ou oito das dezoito províncias iraquianas até o final deste ano. "Nós entendemos que esse não pode ser um compromisso sem fim para a comunidade internacional", afirmou Saleh, e acrescentou que "por algum tempo iremos precisar do apoio da comunidade internacional." As conversas com Blair aconteceram após membros do Ministério da Defesa e um ex-ministro inglês afirmarem que a polícia e o Exército do Iraque receberiam a total autoridade sobre o sul do país em doze meses. O gabinete de Blair negou que ele iria pressionar Saleh para planejar a retirada das tropas inglesas, mas reconheceu que as conversas tiveram como foco garantir que o processo de entrega do controle das províncias continue "o mais rápido possível". "Há um processo de transição e entrega acontecendo. Obviamente queremos que esse processo aconteça o mais rápido possível, mas ficaremos até o trabalho estar feito", disse um porta-voz do gabinete, em condição de anonimato. Ele disse que seria "errado sugerir que o primeiro-ministro irá pressioná-lo por uma estratégia de saída." Membros do Ministério da Defesa têm insistido repetidas vezes que esperam entregar todas as responsabilidades de segurança no sul do Iraque até 2007, cortando o número de tropas no país de sete mil para entre três e quatro mil. O ministro do Exterior Kim Howells disse neste domingo acreditar que em um ano haveria "treinamento adequado para as forças iraquianas de segurança e para a polícia", para que eles assumam as responsabilidades das tropas inglesas e de coalizão.

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