
14 de junho de 2011 | 16h06
CARACAS - O vice-presidente da Venezuela, Elías Jaua, esclareceu nesta terça-feira, 14, que não deve assumir as funções do presidente Hugo Chávez, que se recupera em Cuba de uma cirurgia para retirada de um devido a um abscesso pélvico, um acúmulo de pus decorrente de uma infecção bacteriana.
"O presidente legítimo, constitucional, legal e em pleno exercício de sua competências é Hugo Chávez", declarou em respondendo a perguntar se ele deveria assumir a presidência na ausência de Chávez, cuja data de retorno a Venezuela ainda não foi divulgada.
Segundo a AFP, o vice-presidente afirmou que Chávez está em perfeitas capacidades físicas e mentais. "Essa discussão está fora de lugar", destacou Jaua.
Representantes da oposição sugeriram que Jaua assumisse as funções de Chávez enquanto o presidente se recupera da cirurgia emergencial a qual foi submetido durante uma visita oficial a Cuba.
No domingo, em entrevista por telefone à emissora interestatal Telesur, Chávez lamentou o que chamou "sadismo" e "miséria" de alguns de seus opositores, para os quais Chávez deveria entregar o poder ao vice-presidente por incapacidade para governar devido às condições de saúde
Cirurgia. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, 56 anos, está internado em Havana desde sexta-feira, quando foi submetido a uma cirurgia de emergência para retirada de um devido a um abscesso pélvico, um acúmulo de pus decorrente de uma infecção bacteriana.
No domingo, ele declarou que se encontra "em plenas condições", em entrevista por telefone, durante um pronunciamento sobre o assunto feito pelo chanceler venezuelano, Nicolás Maduro. Segundo o presidente, os médicos lhe disseram que não sabem explicar como o líder não sofreu uma infecção.
Ele afirmou ainda que as biópsias realizadas indicam que "não há nenhum sinal maligno" e que a ferida "é mais ou menos profunda" e permitiu que o pus drenasse.
"Lamento muito essas coisas", acrescentou Chávez, que disse não ter data para voltar à Venezuela e que isso dependerá "da evolução da recuperação". Em suas palavras, "diante de uma lesão sensível, não se deve ter pressa". Com Efe
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.