23 de outubro de 2012 | 15h38
JOHANESBURGO - A Comissão Marikana, que investiga a violência durante a greve nas minas de platina da Lonmin, na África do Sul, foi interrompida após a resposta emocionada das famílias de vítimas. As famílias assistiram um vídeo que mostra a polícia disparando contra mineiros e matando 34 deles.
O incidente ocorrido em 16 de agosto é um dos piores casos de violência policial na África do Sul desde o fim do apartheid, em 1994. No total, 46 pessoas morreram nos distúrbios trabalhistas em Marikana.
O advogado dos mineiros, Dali Mpofu, afirmou que as mortes dos grevistas foram um "assassinato premeditado de pessoas indefesas". Algumas pessoas choraram e mulheres desmaiaram ao ver as gravações dos grevistas sendo atingidos pelos disparos. A polícia sul-africana insiste que agiu em legítima defesa.
A greve nas minas de platina da Lonmin terminou quando os trabalhadores receberam um aumento de 22%. Paralisações em outras minas da África do Sul ainda não foram resolvidas.
Com AP
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