17 de julho de 2009 | 23h33
Um vídeo retransmitido nesta sexta-feira por diversas emissoras de televisão na Colômbia supostamente mostraria as relações entre os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo do Equador.
Nas imagens â divulgadas pela agência de notícias AP e transmitidas, entre outras, pelos canais de televisão locais RCN e Caracolâ Jorge Briceño Suárez, conhecido como "Mono Jojoy", um dos comandantes das Farc, apareceria dizendo a outros rebeldes que a guerrilha teria ajudado a financiar a campanha eleitoral do presidente equatoriano, Rafael Correa.
"Ajuda em dólares para a campanha de Correa e conversas com seus assessores, inclusive alguns acordos, segundo documentos em nosso poder que se mostram comprometedores", afirma o comandante no trecho divulgado da suposta fita, que seria datada de maio de 2008.
'Investigação'
O ministro das Relações Exteriores do Equador, Fander Falconí, anunciou, nesta sexta-feira, a criação de uma comissão para investigar "o suposto vídeo encontrado em um dos três computadores que capturaram durante a incursão militar que a Colômbia realizou em território equatoriano em 1º de março de 2008".
Em nota divulgada no site da Presidência, o ministro da Segurança do Equador, Miguel Carvajal, negou que o governo do Equador tenha qualquer relação com as Farc.
Em entrevista ao jornal equatoriano El Comercio, Carvajal afirmou que "é preciso verificar se o vídeo não é uma montagem".
A divulgação do vídeo pode aumentar as tensões entre os dois países.
Em 2008, Colômbia e Equador romperam as relações diplomáticas depois que tropas colombianas invadiram uma base rebelde dentro do território equatoriano e mataram 25 rebeldes das Farc. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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