PUBLICIDADE

Vídeos abalam oposição turca

A poucas semanas das eleições, políticos estão sendo forçados a renunciar por imagens de sexo

Atualização:

No sábado, semanas antes da realização de eleições gerais na Turquia, seis dos principais membros do Partido do Movimento Nacionalista (PMN), da oposição turca, foram obrigados a renunciar a seus cargos depois que vídeos de sexo explícito envolvendo um deles foram divulgados na internet. O site que postou os vídeos ameaçou levar a público outros clipes constrangedores mostrando os cinco outros políticos que desistiram de seus mandatos. As renúncias podem enfraquecer a legenda, segundo maior grupo da oposição no Parlamento, que luta para garantir o mínimo de 10% do eleitorado exigido para ocupar uma cadeira. Outros quatro deputados do mesmo partido haviam renunciado no início do mês depois que vídeos semelhantes foram mostrados no mesmo site. O líder do PMN, Devlet Bahceli, denunciou os vídeos como chantagem. "Não é correto atacar a personalidade dessas pessoas", disse. Segundo ele, o site exigiu que ele renunciasse até a última quarta-feira se quisesse impedir que os vídeos fossem divulgados Representantes do PMN acusam o governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan de apoiar o site e a divulgação dos vídeos para favorecer o Partido Justiça de Desenvolvimento, atualmente no poder. O premiê, que atacou muito os nacionalistas em sua campanha, rechaçou estas acusações num programa televisivo exibido na semana passada, dizendo que os nacionalistas estavam tentando culpar o governo por seus problemas internos. O farkliulkuculer.com se apresenta como parte de uma facção ultranacionalista que tem como objetivo purificar e reformar o movimento nacionalista na Turquia. Ninguém sabe quem são os responsáveis pela página. A Agência Pública de Comunicações, encarregada de vigiar o tráfego na internet turca, bloqueou o acesso ao site após a divulgação dos vídeos, supostamente por causa de seu conteúdo explícito. O Partido do Movimento Nacionalista conta atualmente com 72 cadeiras no Parlamento. Pesquisas de opinião, mostravam que ele receberia cerca de 12% dos votos na eleição do próximo mês. / NYT

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.