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Por causa de pandemia, Vietnã retira 80 mil pessoas de cidade turística

Após novos casos, 11 voos diários levarão turistas de Danang de volta para casa; operação deve levar no mínimo quatro dias

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Por Redação
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HANÓI - Apontado como exemplo no combate ao coronavírus, o Vietnã adotou na segunda-feira, 27, uma tática radical, ao iniciar a retirada de 80 mil pessoas da cidade de Danang – a maioria turistas do próprio país. O governo retomou o isolamento social depois que quatro casos foram detectados, após quase 100 dias sem ter notificado novas infecções.

O aeroporto internacional de Da Nang, no Vietnã Foto: Stringer Vietnam Out/EFE/EPA

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A retirada de Danang, onde moram 1 milhão de pessoas, deve levar no mínimo quatro dias e será feita por meio de 100 voos diários com destino a 11 cidades vietnamitas. A medida veio após o primeiro caso desde abril ser detectado no país, no sábado – outros três foram relatados entre domingo e ontem na mesma região. 

Uma segunda onda de novas contaminações atingiu mais regiões do continente asiático. China, Hong Kong e até a Coreia do Norte têm adotado medidas restritivas desde o fim de semana para evitar a disseminação da doença. 

A China, que já foi o epicentro da pandemia, registrou 61 novos casos ontem, o maior aumento diário desde o início de março. As contaminações ocorreram em três regiões, incluindo Xinjiang, no noroeste, onde um surto na capital Urumqi alarmou as autoridades locais. 

No domingo, o governo de Urumqi lançou uma segunda rodada de testes em massa na tentativa de detectar pessoas que antes podem ter registrado falsos negativos. Até agora são 178 infecções. Outros casos foram relatados nas províncias de Liaoning e Jilin, no nordeste, ambos na fronteira com a Coreia do Norte. 

Já Hong Kong, que tem notificado mais de 100 novos casos diariamente há cinco dias, teve de fechar restaurantes, proibir academias e piscinas, além de exigir o uso de máscaras. Mais da metade dos 2.634 casos confirmados foi registrada neste mês – 20 pessoas morreram. “As próximas semanas serão críticas. O risco de um grande surto é alto”, disse o secretário-chefe de Hong Kong, Matthew Cheung. / AFP e REUTERS 

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