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Planalto diz que não há militar de alta patente refugiado na Embaixada do Brasil

Os 25 militares devem ser transferidos para outros imóveis da representação brasileira; decisão de recebê-los foi do presidente Bolsonaro

Foto do author Felipe Frazão
Por Tania Monteiro e Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA - O Palácio do Planalto confirmou na tarde desta terça-feira, 30, que cerca de 25 militares venezuelanos pediram asilo à Embaixada do Brasil em Caracas e foram recebidos. A decisão de recebê-los foi do presidente Jair Bolsonaro.

Veículos das forças armadas de Maduro jogam água para dispersar manifestantes favoráveis aGuaidó. Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez

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O porta-voz da Presidência da República, general Rêgo Barros, revelou na noite desta terça-feira que não há militares de alta patente entre eles. De acordo com o porta-voz, os 25 militares têm patente abaixo de tenente.

Segundo Rêgo Barros, não chegou à Presidência a informação de que o presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, tenha recebido apoio de algum general das FANB, a Força Armada Nacional Bolivariana.

Os militares foram abrigados na embaixada, mas devem ser transferidos por questões de salubridade a outro imóvel de representação do Brasil. Além de uma residência diplomática, o Brasil tem no país um Consulado-Geral em Caracas, um Consulado em Ciudad Guayana e dois vice-Consulados, em Puerto Ayacucho e Santa Elena do Uairén.

O porta-voz disse que não tem como avaliar se fracassou a tentativa de depor o presidente Nicolás Maduro e o grau de apoio dos militares do país vizinho a ele ou ao opositor Guaidó. "Há de fato dificuldade de identificar qual a real situação hoje na Venezuela", afirmou.

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A situação ainda está muito instável, conforme relatou uma fonte do Planalto. Daí a cautela em se afirmar que melhorou a situação de Guaidó. As informações sobre a possibilidade de novas deserções venezuelanas ainda não foram atualizadas.

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Uma espécie de gabinete de crise foi montado no Planalto para acompanhar de perto a situação e repassar as informações para o presidente Bolsonaro. 

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