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Violência de policiais de LA relembra caso Rodney King

Segundo testemunhas, King não havia feito nada que justificasse seu espancamento

Por Agencia Estado
Atualização:

No dia 3 de março de 1991, quatro policiais de Los Angeles, no Estado americano da Califórnia, espancaram brutalmente um rapaz negro de 25 anos sob os olhos de outros 11 colegas da força policial. O episódio do abuso policial, ocorrido em agosto deste ano, mostrado por um vídeo amador divulgado no site Youtube, relembra a cena de 15 anos atrás que se tornou aos olhos do público um emblema da violência da polícia dessa cidade, à época considerada a mais violenta dos EUA. Rodney Glen King era um operário de construções desempregado que estava sob prisão condicional desde dezembro daquele ano, condenado por roubo. O espancamento o deixou com nove fraturas no crânio, um olho permanentemente lesado, parte da mandíbula superior destroçada, uma perna e um braço quebrados e o lado direito do rosto paralisado por conta de danos em seu sistema nervoso. George Holliday, cinegrafista amador testando sua câmera recém comprada, não filmou a ação desde o começo, mas testemunhas oculares dizem que os policiais agrediram King sem motivos aparentes. Ainda segundo observadores, a polícia havia ordenado pelo alto-falante que ele saísse do carro, e ele obedeceu. Logo após, dizem relatos, teria recebido uma carga de arma de choque contra o peito. Segundo a polícia, ele havia ignorado repetidos pedidos para parar seu veículo naquela noite após ser pego dirigindo em alta velocidade. Quando foi parado, vários carros de polícia estavam perseguindo seu automóvel. King negou ter desobedecido chamados e disse que não havia ultrapassado qualquer limite de velocidade por medo de perder sua liberdade condicional e alegou, além de abuso de autoridade, racismo por parte dos policiais.

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