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Violência deixa 21 feridos na região palestina

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de culpar os palestinos durante meses pela violência na região, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, reuniu-se hoje com uma comissão internacional que investiga a gênesis dos conflitos. Ao mesmo tempo, incidentes esporádicos de violência deixaram 21 feridos, 20 deles palestinos. Os conflitos explodiram em setembro do ano passado, depois que Sharon realizou uma controversa visita a um local sagrado disputado em Jerusalém. Entretanto, Sharon, que à época era o principal líder da oposição no Parlamento, disse que a violência não é obra sua. "Todos sabem hoje que foi uma decisão estratégica do (líder palestino) Yasser Arafat", afirmou o premier à rádio Israel. Depois de se reunir hoje com a comissão, que é encabeçada pelo ex-senador norte-americano George Mitchell, Sharon deixou claro que se opunha à sua gestão. A comissão deverá apresentar seus resultados em abril. Ao mesmo tempo, um grupo de manifestantes palestinos apedrejou um veículo militar israelense em Naplusa, na Cisjordânia. As tropas israelenses responderam à agressão com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Segundo funcionários de hospitais da cidade, pelo menos 20 palestinos ficaram feridos. Em uma área próxima a Naplusa, um motorista israelense foi gravemente ferido com uma bala no peito em ataque atribuído pelo exército israelense aos palestinos. A vítima, um funcionário de segurança dos assentamentos judeus no norte da Cisjordânia, conseguiu dirigir seu carro até uma base próxima do exército e foi transportado de helicóptero a um hospital. Num outro incidente, militares israelenses disseram que foram lançadas cinco granadas contra soldados no sul da Faixa de Gaza, próxima à fronteira com o Egito. Não há informações de vítimas. Em seis meses de conflitos já morreram 434 pessoas, incluindo 356 palestinos, 59 judeus israelenses e 19 outras.

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