Violência deixa pelo menos 28 mortos na Colômbia

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos 28 combatentes morreram em confrontos entre a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e os grupos para militares no sudoeste do país, informaram nesta quarta-feira fontes militares. Na zona de Valparaíso, a cerca de 420 km a sudoeste de Bogotá, tropas do Exército encontraram na terça-feira 15 cadáveres em avançado estado de descomposição, informou o coronel William Pérez, comandante interino da Brigada 12 do Exército. "Segundo os camponeses, trata-se de gente estranha à região, das autodefesas ilegais (paramilitares) ou das Farc, que teriam morrido em conseqüência dos combates cujo objetivo era controlar o departamento (estado) de Caquetá", no sul do país, disse o coronel Pérez à Radionet. Através dos cruentos combates, os dois grupos disputam uma zona plantada com coca. Os confrontos ocorreram na semana passada, mas só ontem as tropas do Exército conseguiram chegar à região. Antes de encontrar os cadáveres, disse Pérez, o Exército entrou em combate com um grupo das Farc e uma guerrilheira morreu no confronto. Pérez informou que os confrontos entre a guerrilha e os paramilitares provocaram a fuga de cerca de 300 pessoas que viviam em Santiago de la Selva e arredores, e que foram para Valparaíso. Segundo Pérez, a prefeitura de Valaparaíso prestou-lhes ajuda humanitária e o Exército está oferecendo segurança para que os deslocados possam regressar a seus sítios e moradias, "o que já está acontecendo". Em outro confronto no sábado, entre as Farc e paramilitares no município de Ituango (a cerca de 360 km a noroeste de Bogotá), morreram pelo menos 13 combatentes dos dois lados, informou hoje o sacerdote Ernesto Gómez, pároco de Ituango, à rádio RCN. Novo comandante O presidente colombiano, Álvaro Uribe, nomeou hoje para o comando da Polícia Nacional o general Teodoro Campo, que foi chamado de volta à ativa depois de ter passado para a reserva. A nomeação quebra a linha de comando e pode causar mal-estar entre os comandantes militares. Uribe havia nomeado a maior parte dos integrantes de sua cúpula militar no fim de semana. Embora não tivesse designado ninguém para o comando da polícia, também não confirmou no cargo o então comandante, general Luis Ernesto Gilibert. Gilibert apresentou sua renúncia na segunda-feira, mas manifestou-se publicamente contrário à nomeação de um oficial da reserva para substituí-lo. Campo, um general de linha dura como a maioria dos integrantes do corpo militar de Uribe, teve atuação destacada no combate ao cartel de narcotraficantes de Cali, em meados dos anos 90. Durante a campanha para as eleições presidenciais, Campo foi assessor de Uribe para temas de segurança.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.