Violência duplicou no Iraque desde o mês de janeiro; ao menos sete mortos nesta quinta-feira

Meses de maio e junho foram os mais violentos no país. Aproximadamente 6 mil pessoas morreram e outras 3.600 foram feridas em explosões e conflitos

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Por Agencia Estado
Atualização:

Sete mortos e 15 feridos. Foi esse o balanço do número de vítimas depois da explosão de um carro bomba nesta quinta-feira no maior bairro xiita de Bagdá, segundo autoridades locais. Apesar do crescimento da violência, o primeiro ministro iraquiano Nuri al-Maliki insistiu que suas forças armadas estão preparadas para assumir suas funções de segurança na grande maioria das províncias iraquianas. Segundo a CNN, os meses de maio e junho foram os mais violentos no Iraque, com aproximadamente 6 mil pessoas mortas durante os conflitos. Durante o mês de julho, 3.438 iraquianos morreram - 1.855 em conflitos diretos e outros 1.583 em atentados com a explosão de bombas. Aproximadamente 3.600 iraquianos foram feridos, de acordo com informações oficiais divulgadas pela rede americana. Últimos atentados No início da tarde desta quinta-feira, o veículo explodiu perto de um mercado na cidade de Sadr, afirmou o tenente local Adil Salih. A explosão provocou danos nas lojas mais próximas. Os moradores da região explicaram que o baixo número de vítimas se deve principalmente pelo calor, que afastou muita gente do mercado. O número de mortos e feridos em atentados como este costuma ser de dezenas de pessoas. Escalada de violência A cidade de Sadr é um distrito predominantemente xiita e uma das áreas mais protegidas de Bagdá, patrulhado pela polícia e pelo exército Mahdi, do líder radical Muqtada al-Sadr. A segurança reforçada tenta evitar os ataques de insurgentes sunitas, mas a explosão do carro bomba demonstra a dificuldade de controlar e frear a violência, que se torna cada vez pior desde os atentados contra um templo xiita no dia 22 de fevereiro deste ano. Estatísticas apontam que mesmo depois dos insurgentes terem sofrido perdas, como a morte, em junho, do líder da Al-Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, os grupos estão fortalecidos. Funcionários norte-americanos afirmam que em julho foram explodidos ou descobertos antes de sua detonação, 2.625 artefatos. Em janeiro, o número era de 1.454. Das bombas encontradas em julho, 1.666 explodiram, enquanto o restante foi descoberto. Delas, 70% estavam destinadas às forças dirigidas pelos Estados Unidos, 20% a iraquianos e 10% a civis, segundo informações de funcionários americanos que não quiseram ser identificados.

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