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Violência faz americanos repensarem estratégia para o Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

A recente onda de violência contra as forças de coalizão lideradas pelos Estados Unidos no Iraque tem levantado questões não apenas sobre se há um número suficiente de soldados americanos na região capaz de estabilizar o país mas também qual o custo em vidas a coalizão deverá pagar para reconquistar o controle nos campos de batalha. Militares americanos deixaram claro que pretendem coibir novas insurgências tomando a ofensiva, como fizeram esta semana na cidade de Faluja, colocando os fuzileiros navais para atuar nos combates mais pesados. A questão é se este tipo de situação de guerra urbana, com soldados americanos lutando com o auxílio de helicópteros de ataque, deverá se estender a outros locais, como a cidade de Najaf, no sul do país, onde militantes xiitas tomaram parcialmente o controle. O general americano no Iraque Ricardo Sanchez disse hoje que estava a caminho uma ofensiva para reconquistar Najaf e Kut, que caíram nas mãos dos rebeldes hoje pela manhã. A retomada de Kut é "iminente", afirmou o general. Sob fogo, soldados ucranianos se retiraram ontem da cidade. Sanchez reconheceu que uma operação desse tipo pode exigir o tipo de batalha que se tentou evitar que ocorrêsse em larga escala durante a tomadade Bagdá em abril do ano passado. "Sabíamos, antes de começarmos esta campanha, que isso [a operação] era uma possibilidade", disse. "E todo o Exército, tanto americano como das forças aliadas, estava preparado para este tipo de operação". O alvo mais imediato é o grupo de militantes do clérigo xiita Muqtada al-Sadr. O objetivo é destruir a milícia, supostamente composta por alguns milhares de insurgentes, e capturar ou matar seus líderes. É quase certo que os americanos deverão ampliar sua presença e poder militar na região ordenando que a 1ª Divisão Armada do Exército permaneça no Iraque por mais algumas semanas ou meses além do previsto, em vez de voltar aos Estados Unidos em maio, conforme inicialmente planejado. Isso significa um adicional de 20 mil soldados e centenas de tanques e outros veículos armados, capazes de desempenhar um importante papel não apenas na capital iraquiana, mas também em outras cidades. A estabilização o país vai requerer uma força maior que a prevista anteriormente por oficiais americanos. O Secretário de Defesa Donald Rumsfeld disse hoje qua há 135 mil soldados americanos no Iraque, indicando que o comando militar prefere manter esse número "por um tempo" a reduzi-lo a 115 mil homens conforme planejado.

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