Violência no Iraque deixa quase 80 mortos

Uma explosão provocou a morte de 33 desempregados em busca de trabalho

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Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos 78 pessoas foram assassinadas ou encontradas mortas no Iraque nesta segunda-feira, inclusive 33 desempregados atingidos por uma explosão quando formavam fila em busca de trabalho em Bagdá. Ao mesmo tempo, o comando militar dos Estados Unidos noticiou nesta segunda-feira que chegou a cem o número de soldados americanos mortos no Iraque somente em outubro. Em Bagdá, o acadêmico sunita Essam al-Rawi, diretor do Sindicato dos Professores Universitários, foi assassinado no momento em que saía de casa. Pelo menos 156 professores universitários já foram assassinados no Iraque e muitos outros deixaram o país desde março de 2003, quando a nação árabe foi invadida por forças estrangeiras lideradas pelos EUA em busca de armas de destruição em massa que nunca vieram a ser encontradas. A explosão que provocou a morte de 33 desempregados ocorreu em Cidade Sadr, na zona leste de Bagdá, por volta das 6h15 locais. Pelo menos 59 pessoas ficaram feridas, disse o major de polícia Hashim al-Yasiri. A maior parte das vítimas estava numa fila de desempregados em busca de trabalho na construção civil, disseram autoridades locais e testemunhas. Cidade Sadr, um empobrecido bairro xiita de Bagdá, é um bastião do Exército Mahdi, a milícia leal ao clérigo radical antiamericano Muqtada al-Sadr. Ainda nesta segunda-feira, o ministro de Assuntos Exteriores iraquiano, Hoshiar Zebari, anunciou que seu governo solicitará ao Conselho de Segurança da ONU a prorrogação por um ano da presença das tropas multinacionais no Iraque, segundo vários meios de comunicação locais. Zebari acrescentou que, apesar dos esforços do governo para treinar o mais rápido possível as forças da polícia e do exército, e do desejo de receber a responsabilidade completa da segurança do país, ainda se necessita de tempo.

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