19 de agosto de 2009 | 05h54
A capital do Afeganistão, Cabul, foi palco de uma nova onda de violência nesta quarta-feira, a um dia das eleições presidenciais do país.
Soldados enfrentaram insurgentes que haviam invadido um banco localizado a algumas centenas de metros do palácio presidencial.
Três insurgentes morreram.
A milícia Talebã havia prometido atrapalhar a votação, e o governo fez um apelo para que os meios de comunicação não divulguem notícias de violência durante a quinta-feira para não assustar os eleitores e não levá-los a desistir de às urnas.
Mas a iniciativa foi condenada por jornalistas e ativistas dentro e fora do país.
Na terça-feira, pelo menos 20 pessoas morreram em ataques realizados em várias partes do Afeganistão. No pior deles, em Cabul, um carro-bomba explodiu perto de um comboio militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), deixando ao menos dez mortos.
O Talebã assumiu a autoria do ataque.
Candidatos
Esta é a segunda vez que o Afeganistão realiza uma eleição presidencial desde a queda do regime do Talebã, em 2001.
As pesquisas indicam que o atual mandatário e candidato à reeleição, Hamid Karzai, é o favorito.
Entretanto, as analistas dizem que o ex-ministro do Exterior Abdullah Abdullah também tem chances na corrida, entre dezenas de candidatos.
Além da onda de violência, a BBC descobriu ameaças de fraude e corrupção às eleições presidenciais.
Milhares de títulos eleitorais teriam sido postos à venda e milhares de dólares oferecidos em suborno para a compra de votos.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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