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Vírus ameaça sair do controle e Hong Kong impõe medidas mais rígidas 

Centro financeiro tem reportado recordes de casos diários de contaminações; ao mesmo tempo, tem sido palco de manifestações de rua contra a lei de segurança nacional aprovada pela China

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Por Redação
Atualização:

HONG KONG - Autoridades de Hong Kong admitiram neste domingo, 19, que a pandemia pode sair do controle no território, com mais de 100 novos casos de coronavírus registrados nas últimas 24 horas. O centro financeiro tem reportado recordes de casos diários de contaminações.

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“Considero a situação crítica e não há sinais de que será controlada”, disse a chefe do Executivo local, Carrie Lam, pedindo que a população reforce as medidas de distanciamento.

A região de Hong Kong foi uma das primeiras a serem afetadas pela pandemia, que teve início na China. Inicialmente, o território teve bons resultados na luta contra a covid-19, até que, no mês passado, quase não registrar infecções locais. 

Polícia detém manifestantes durante protesto em Hong Kong; território também lida com pandemia Foto: Isaac Lawrence/AFP

No entanto, o número de casos voltou a aumentar nas últimas semanas e os médicos ainda não identificaram as redes de transmissão no território densamente povoado, de 7,5 milhões de habitantes. Lam anunciou hoje que mais de 500 novos casos foram registrados nas últimas duas semanas.

Na semana passada, autoridades ordenaram novas medidas de distanciamento social, entre elas o fechamento de academias e casas noturnas, e impuseram o uso de máscara nos transportes públicos. Parques de diversão, academias e outros dez tipos de instalações permanecerão fechados por mais uma semana.

Protestos

Nas últimas semanas, o território tem sido palco de manifestações de rua contra a lei de segurança nacional, aprovada pela China, que criminaliza a dissidência e praticamente acaba com o status autônomo de Hong Kong. Os protestos têm sido reprimidos com violência pela polícia. Desde que os distúrbios começaram, em março, quase 10 mil pessoas foram presas e 2,6 mil ficaram feridas./AFP e REUTERS 

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