10 de agosto de 2012 | 08h49
SEUL - O Japão reconvocou seu embaixador na Coreia do Sul na sexta-feira, 10, após o presidente sul-coreano Lee Myung-bak visitar ilhas que são alvo de disputa entre os dois países e que teriam depósitos de gás natural congelado, potencialmente valendo bilhões de dólares.
Lee é o primeiro líder sul-coreano a fazer a viagem às ilhas que têm sido uma persistente irritação nas relações entre os dois países, mesmo depois de a Coreia do Sul superar as feridas deixadas pela ocupação colonial do Japão para desenvolverem florescentes laços comerciais.
O Japão emitiu um aviso conciso para as ilhas, conhecidas como Takeshima no Japão e Dokdo na Coreia, que estão à mesma distância de ambos os países, e convocou o embaixador da Coreia do Sul em Tóquio para fazer uma reclamação formal.
O ministro das Relações Exteriores japonês, Koichiro Gemba, disse também que o governo japonês chamou seu enviado em Seul de volta.
"A visita a Takeshima pelo presidente Lee é inaceitável à luz do posição do Japão sobre o assunto", disse Gemba, segundo a agência de notícias Yonhap.
Autoridades na Coreia do Sul disseram que a visita tinha como objetivo destacar a importância das ilhas como uma reserva natural e não intencionava gerar confusão.
"Não deveria haver nada de anormal em um líder nacional visitar um local que é nosso território", afirmou a autoridade.
A parada de Lee nas ilhas foi amplamente ignorada na Coreia do Sul, onde está em seu último ano de mandato e afundado em escândalos de corrupção envolvendo ex-assessores próximos e família.
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