A Comissão Eleitoral Central da Ucrânia confirmou neste domingo, 14, oficialmente a vitória do líder do opositor Partido das Regiões, Viktor Yanukovich, nas eleições presidenciais cujo segundo turno foi celebrado no domingo passado.
Veja também:
Primeira-ministra diz que houve fraude em eleições na Ucrânia
Otan parabeniza Yanukovich por vitória na Ucrânia
Segundo o protocolo divulgado pela Comissão, Yanukovich foi o vencedor das eleições com uma vantagem de 3,48 pontos porcentuais sobre sua adversária, a primeira-ministra Yulia Timoshenko.
Assim, o declarado presidente eleito da Ucrânia obteve 48,95% de apoio, com 12.451.266 votos, contra 45,47% de sua rival, que somou 11.593.257 votos.
Timoshenko assegurou ontem ter provas de que houve fraude e que o número de votos falsificados supera 1 milhão, número suficiente para lhe dar a vitória.
"Yanukovich não é nosso presidente. Aconteça o que acontecer, nunca será um presidente eleito de forma legítima", disse a primeira-ministra em sua primeira declaração pública após as eleições, quando também anunciou que recorrerá os resultados na Justiça.
Enquanto isso, o partido de Yanukovich qualificou de "passo destrutivo" a mensagem à nação pronunciada na véspera por Timoshenko.
Segundo o "número dois" do Partido das Regiões, Boris Kolesnikov, tais palavras só podem ser pronunciadas por alguém que não se preocupa em absoluto com a imagem da Ucrânia, alguém que só olha para si próprio.
"Todas as tentativas dos que se opõem a Yanukovich pretendem desestabilizar a situação no país", ressaltou Kolesnikov, citado pela agência "Interfax-Ucrânia".