Viúva de atirador agradece piedade dos amish

Charles Roberts invadiu, no dia 2 de outubro, a escola West Nickel Mines Amish e matou cinco meninas com idades entre sete e 13 anos

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Por Agencia Estado
Atualização:

A viúva do homem que matou cinco meninas em uma escola na cidade americana da Pensilvânia agradeceu a comunidade amish por seu carinho e apoio. Marie Roberts disse que ela e sua família estão "surpresos com o perdão, a graça e a compaixão" mostrados pelos amish após os assassinatos, que aconteceram em uma escola da comunidade no dia 2 de outubro. Charles Roberts, o autor do ataque, se matou após atirar contra as meninas. Os amish disseram que perdoam Roberts e ajudaram a abrir uma conta bancária para ajudar a família dele em um banco local. Além disso, a mãe e avó de Marian Fisher, uma das meninas mortas, receberam a viúva de Roberts em sua casa no dia seguinte ao ataque, de acordo com o jornal local. Carta "Seu amor pela nossa família nos ajudou a encontrar a cura que tanto precisamos", escreveu Marie Roberts em uma carta endereçada aos amish, vizinhos e à comunidade local. Na carta, divulgada por um porta-voz da família, a viúva diz que ela, seus três filhos e o resto da família agradecem os amish. "Por favor, entendam que nossos corações foram partidos por tudo o que aconteceu. Nós estamos cheios de tristeza por todos os nossos vizinhos amish, que sempre amamos e continuamos a amar", disse Roberts na carta. "Nós sabemos que muitos dias duros ainda virão para as famílias que perderem seus entes queridos, e por isso continuaremos a colocar nossa esperança e confiança no Deus de todo o conforto, enquanto todos nós tentamos reconstruir nossas vidas." Ataque Os amish são uma comunidade pacifista cristã, que evita a tecnologia e busca se isolar do mundo moderno. Charles Roberts invadiu a escola West Nickel Mines Amish e matou cinco meninas com idades entre sete e 13 anos, além de ferir outras cinco. Notas encontradas na casa de Roberts faziam referências ao suicídio e mencionavam ainda morte de uma de suas filhas, em 1997. Roberts dizia ainda que era assombrado pelas lembranças de ter molestado dois parentes jovens há 20 anos. Há relatos de que uma das meninas feridas teria deixado o hospital. Barbie Fisher, de 11 anos, irmã de Marian Fisher, teria ido para casa na última sexta-feira.

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