Na terça-feira, a presidente Cristina Kirchner afirmou que a empresa Papel Prensa foi comprada em 1976 pelos jornais "Clarín" e "La Nación" depois de Lídia Papaleo, viúva do banqueiro David Graiver, então dono da fábrica, ter sido torturada. Mas, ontem à tarde, segundo o jornal "La Nación", Papaleo desmentiu a versão da presidente Cristina. Segundo fontes citadas pelo jornal, Papaleo afirmou ontem à Justiça Federal de La Plata, que investiga crimes cometidos na ditadura, que no período que foi detida e torturada não assinou a venda das ações da Papel Prensa. O irmão de Graiver, Isidoro, e a filha do banqueiro, María Sol, já haviam desmentido que Papaleo tivesse sido torturada na época da venda, em novembro de 1976. Eles disseram que a viúva foi torturada seis meses depois da venda da empresa.
Ariel Palacios CORRESPONDENTE / BUENOS AIRES, O Estado de S.Paulo