20 de março de 2011 | 13h53
Novos ares. Eleição é vista com esperança e pode trazer estabilidade para reconstruir o que sobrou da nação após o terremoto acontecido em 2010
PORTO PRÍNCIPE - A votação para segundo turno presidencial no Haiti começou devagar em alguns lugares do país neste domingo, 20, com os doadores estrangeiros esperando que a eleição produza estabilidade necessária para reconstruir o que sobrou da nação após o terremoto acontecido em 2010.
Na capital devastada de Porto Príncipe, várias zonas de votação não foram abertas a tempo porque os materiais, como tinta para marcar os dedos dos eleitores e etiquetas para marcar as urnas, não tinham sido entregues ainda, disseram algumas pessoas.
Houve reclamação também porque alguns funcionários que iriam trabalhar na eleição não tinham chegado. Com isso, grandes grupos de haitianos tiveram de esperar para conseguir votar.
Tropas brasileiros da ONU trabalham para garantir a segurança dos centros de votação, juntamente com a polícia haitiana. Veículos blindados da ONU também estão de prontidão, andando pelas ruas da capital, ainda repleta de detritos deixados pelo terremoto.
A eleição deste domingo traz aos 4,7 milhões de eleitores no Haiti uma escolha entre o novato na política, o cantor Michel Martelly, e a ex-primeira dama Mirlande Manigat, matriarca da oposição.
O segundo turno acontece meses após uma primeira votação caótica no país, em 28 de novembro do ano passado, que terminou rapidamente com alegações de fraude. A ONU, que está apoiando a eleição, disse que melhorias tem sido feitas e devem garantir um resultado claro nessa votação.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.