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Voto latino varia de acordo com origem do imigrante

Atualização:

Cenário: Gustavo Chacra

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Na convenção republicana, o senador Marco Rubio, filho de cubanos, anunciou Mitt Romney como candidato à presidência, tendo um dos papéis mais importantes do evento. Uma semana depois, Julian Castro, de pais mexicanos, destacou-se na convenção democrata com um emotivo discurso contando a história de sua família.

Democratas e republicanos lutam pelo voto hispânico, considerado crucial para definir a disputa pela Casa Branca em novembro. O problema, conforme escreveu Ray Suarez na última edição da Foreign Affairs, uma das mais importantes publicações de política externa dos EUA, é que diferentes indivíduos são transformados em um bloco étnico, o que não reflete a realidade.

Os americanos consideram hispânicos desde argentinos descendentes de europeus que dirigem bancos em Manhattan até entregadores de pizza salvadorenhos em Phoenix, no Arizona. No entanto, conforme escreveu Suarez, embora a imigração seja uma questão importante, outros temas também são, especialmente a economia. Entre os vários grupos de imigrantes hispânicos, portanto, os interesses também são distintos.

Praticamente todos os americanos de origem cubana, como Rubio, vivem em situação legal e os porto-riquenhos já são considerados americanos. Por isso, esses dois grupos dão menos importância à imigração e mais a outros temas - o número de republicanos tende a ser maior entre ambos os grupos. Já os descendentes de mexicanos, como Julian Castro, preocupam-se mais com a questão da imigração e, em sua maioria, apoiam os candidatos democratas.

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