13 de abril de 2016 | 05h00
O candidato à presidência peruana Gregorio Santos obteve 4% dos votos na votação de domingo, um desempenho expressivo dadas as suas “limitações de locomoção”. Governador de Cajamarca, Departamento (Estado) no norte do Peru, Santos passou toda a campanha preso. Só foi liberado por 10 horas para o debate presidencial que antecedeu a disputa e voltou para a prisão.
O candidato detento foi eleito líder local em 2011 e reeleito em 2014, quando já estava sob regime de prisão preventiva. Seu mandato vai até 2018. Santos foi o mais votado candidato à presidência em seu departamento, por 40% do eleitorado, cerca de 600 mil votos. Ficou em sexto lugar no cômputo geral.
O partido do candidato, o Democracia Direta (DD), mobiliza em todo o território peruano ações contra grandes projetos de mineração, um dos temas centrais da campanha eleitoral. Santos é acusado de corrupção pela participação em um esquema que fraudava licitações para favorecer uma empresa.
O governador apresentou-se como o único candidato realmente anticapitalista na disputa pela presidência peruana. O representante do DD na disputa chegou a trabalhar com Verónika Mendoza, esquerdista de viés mais moderado que teve bom desempenho, mas não conseguiu alcançar o segundo turno. Segundo apuração da manhã de ontem, com base em 95,3% dos votos, Keiko Fujimori liderava com 39,7%.
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