Washington e Pequim buscam renovar relações

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Por PEQUIM
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A secretária de Estado Hillary Clinton disse ontem que EUA e China estão tentando mudar a relação de confronto entre as duas maiores potências do mundo. "Nenhum de nós pode se dar o luxo de olhar o mundo por antigas lentes, seja o legado do imperialismo, a Guerra Fria ou a política do balanço de poder", disse Hillary após dois dias do Diálogo Estratégico e Econômico entre os dois países. "Estamos tentando construir uma relação que permita às duas nações prosperarem sem competição doentia, rivalidade ou conflito." Apesar das acusações chinesas de que os americanos interferiram em assuntos internos do país, a relação parece ter passado no teste representado pela permanência do ativista cego Chen Guangcheng na Embaixada dos EUA em Pequim. Nos dois dias de encontro, os dois lados discutiram todos os itens relevantes da agenda bilateral, que incluem questões globais, como a contenção das ambições nucleares do Irã e da Coreia do Norte e o fim da violência na Síria. "Os EUA continuam a levantar a questão dos direitos humanos, porque acreditamos que eles são essenciais para qualquer país", disse Hillary. O conselheiro de Estado da China para Relações Exteriores, Dai Bingguo, classificou os dois dias de reunião como um "tremendo" sucesso, mas disse que ainda há diferenças com relação aos direitos humanos. "Na questão dos direitos humanos, nenhum país pode reivindicar a perfeição. A China continuará no caminho que escolheu", disse Dai, que ressaltou que os direitos humanos não podem ser uma "desculpa" para a interferência em assuntos de outro país. / C.T.

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