10 de dezembro de 2010 | 09h03
LONDRES - O site WikiLeaks anunciou nesta sexta-feira, 10, não estar ligado aos ataques de hackers contra empresas e entidades consideradas inimigas do site. O WikiLeaks não condenou e nem apoiou os ciberataques.
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Um comunicado divulgado pela porta-voz do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsso, afirma que os ataques são "um reflexo da opinião pública sobre as ações das empresas que foram alvos".
Desde o início da semana, hackers se uniram e atacaram sites de empresas como a MasterCard, a Visa, a PayPal, do governo e da promotoria sueca e de um banco suíço em solidariedade ao WikiLeaks, em uma operação chamada "Payback" (Contra-ataque, em tradução livre).
As empresas cortaram os serviços de doações ao WikiLeaks, que tem causado constrangimento ao governo americano e vários outros a desde que começou a divulgar, no último dia 28, mais de 250 mil documentos diplomáticos secretos de Washington. A Suécia, por sua vez, busca o criador do WikiLeaks, Julian Assange, por crimes sexuais.
"Acredita-se que esses ataques que bloquearam o serviços dos sites se originou a partir de um grupo chamado Anonymous. O grupo não é afiliado ao WikiLeaks. Não houve contato entre a equipe do WikiLeaks e a equipe do Anonymous. O WikiLeaks não recebeu avisos de quaisquer ações do Anonymous", diz o comunicado.
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Os serviços de pagamento foram cortados justamente devido à divulgação dos documentos. As doações anônimas são a principal fonte de renda do WikiLeaks.
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