26 de agosto de 2010 | 00h00
Com apenas três páginas, o documento vazado ontem foi escrito em fevereiro pela Célula Vermelha da CIA, uma área com carta branca da diretoria para provocar discussões e apontar alternativas aos desafios da agência. O texto chama a atenção para o risco de outros países negarem-se a manter cooperação com os EUA no combate ao terrorismo pelo fato de cidadãos americanos estarem engajados em organizações do terror. "Em um primeiro momento, nós estivemos preocupados com a infiltração da Al-Qaeda para conduzir ataques terroristas nos EUA. Mas a Al-Qaeda pode estar aumentando a procura de americanos para operações em outros países", diz o documento.
O texto lembra o caso dos cinco jovens americanos de origem muçulmana, do Estado da Virgínia, presos no Paquistão em 2009, quando tentavam ingressar nas fileiras da Al-Qaeda.
Preferência. Segundo a Célula Vermelha da CIA, a Al-Qaeda e outros grupos terroristas preferem agregar americanos por causa do passaporte, do uso da língua inglesa, da facilidade de comunicação pela internet e da menor desconfiança de autoridades de outros países em suas movimentações.
Essa situação, alertou o documento, pode criar constrangimentos à Casa Branca, como pedidos de informação - e até de extradição - sobre americanos por outros países. Além disso, pode representar novos obstáculos para as operações de contraterrorismo dos EUA no exterior.
Ciberataque
O Departamento de Defesa dos EUA confirmou que os computadores do Pentágono foram atacados em 2008. A ação foi realizada por um espião em uma base americana no Oriente Médio.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.