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Winnie despejada da casa que foi de Mandela

Por Agencia Estado
Atualização:

Winnie Madikizela Mandela foi despejada. Um tribunal de Johannesburgo determinou que a ex-mulher do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela deixe a residência onde o casal morou na década de 90, e onde atualmente funciona um museu, segundo informou ontem uma reportagem do jornal local Saturday Star. Nelson Mandela comprou essa casa de quatro quartos na região suburbana de Orlando West em 1990, para que os dois fossem morar lá. Isso ocorreu assim que ele foi libertado, depois de passar 27 anos na prisão, acusado de traição contra o regime segregacionista da África do Sul. Eleito presidente em 94 ? o primeiro negro a ocupar o cargo na história do país ?, Mandela se divorciou de Winnie em 96. No ano seguinte, doou a casa à Soweto Heritage, uma fundação privada. Deputada pelo Congresso Nacional Africano, o partido de Mandela, Winnie pediu a um tribunal que cancelasse a doação da casa e transformou-a em museu aberto à visitação pública ? a entrada custa 20 rands (aproximadamente US$ 1,70). Esta semana o juiz Pieter Pauw decidiu que a ex-primeira-dama não é proprietária do imóvel e ordenou seu despejo. ?Ela está de posse da propriedade, mas a dona da casa é a Soweto Heritage. Ela deve sair do local?, disse o juiz ao jornal. Winnie não comentou a decisão judicial. Acusação Raramente longe de confusões, mas sempre popular, o status de ?Mãe da Nação? de Winnie foi arranhado em 1991, quando a ex-mulher de Mandela foi considerada culpada pelo seqüestro de quatro jovens negros. Também foi acusada de mandante na agressão de um desses jovens, que terminou morrendo em decorrência dos ferimentos, mas não ficou comprovado seu envolvimento direto na morte. Pelo seqüestro, Winnie foi condenada a seis anos de prisão. Mas, depois de uma apelação, ela conseguiu que a sentença fosse reduzida a uma multa. No ano passado, a ex-mulher de Mandela foi novamente pivô de um processo. Desta vez, a acusação foi de fraude e roubo de cerca de US$ 110 mil. Winnie foi mantida em liberdade mediante pagamento de fiança, até que saia o resultado final do julgamento, previsto para julho.

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