Wolfowitz pede acordo na OMC a líderes do G8

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Por Agencia Estado
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O presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, pediu em carta aos participantes da próxima cúpula do G8 que traduzam suas boas intenções em compromissos para conseguir um acordo na Organização Mundial do Comércio (OMC), informou hoje a entidade. É a primeira vez que um presidente do Banco Mundial faz uma chamada direto por escrito aos líderes do mundo sobre um tema comercial, de acordo com a instituição. Na sexta-feira passada, Wolfowitz enviou a carta por fax aos participantes da reunião de 17 de julho, que terá a presença do Grupo dos Oito (G8) - EUA, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Alemanha, Japão e Rússia -, assim como Brasil, China, Índia, México e África do Sul. Wolfowitz pediu especificamente aos Estados Unidos que reduzam seus subsídios agrícolas, à União Européia que facilite a entrada de produtos importados a seu mercado e aos cinco países convidados a essa reunião que limitem suas tarifas às manufaturas. O presidente do Banco Mundial disse aos líderes dessas nações que 1,2 bilhão de pessoas que vivem com menos de US$ 1 por dia "contam com que suas boas intenções sejam transformadas em ações decisivas". Segundo os cálculos do Banco Mundial, um acordo na Rodada de Doha da OMC poderia gerar uma produção adicional no valor de US$ 300 bilhões ao ano em nível internacional, segundo Wolfowitz. Desse número, o ganho para os países em desenvolvimento seria de US$ 86 bilhões. Segundo Wolfowitz, a sessão conjunta do G8 "oferece uma oportunidade única da qual temos que nos aproveitar se quisermos fazer os avanços urgentemente necessários nas negociações comerciais de Doha". Há duas semanas, 60 ministros dos 149 países que compõem a OMC se reuniram em Genebra para tentar conseguir um acordo sobre o comércio de produtos agrícolas e manufaturas, mas o encontro terminou em fracasso. Agora a esperança está na reunião do G8 em São Petersburgo, que acontecerá de 15 a 17 de julho, onde se reunirão os países que lideraram as negociações e cujas diferenças impediram sua conclusão.

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