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Zapatero defende proposta de paz para o Oriente Médio

Iniciativa foi apoiada pela Autoridade Nacional Palestina, mas repudiada por Israel

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, defendeu neste sábado, 18, a iniciativa de paz que promove para o Oriente Médio, apoiada por França e Itália, para "retomar o caminho do diálogo" entre israelenses e palestinos. Zapatero considerou que se está em um bom momento para ajudar a buscar saídas para conflitos internacionais, como o do Oriente Médio, destacando que há "riscos para todos". Espanha, França e Itália lançarão uma iniciativa para desbloquear o conflito entre palestinos e israelenses e que poderá levar a uma futura conferência de paz, anunciou Zapatero na quinta-feira passada. O espanhol apresentou a iniciativa, que também contempla o posicionamento de uma força de paz em Gaza, junto ao presidente francês Jacques Chirac, na entrevista coletiva organizada ao término da XIX Cúpula bilateral hispânico-francesa realizada na Espanha. A iniciativa recebeu o apoio da Autoridade Nacional Palestina (ANP), cujo presidente, Mahmoud Abbas, expressou a esperança de que ajude a reativar o processo de paz, mas foi rejeitada por Israel. Na opinião de Zapatero, o confronto entre palestinos e israelenses é "o conflito dos conflitos, o que alimenta e aguça a maioria dos que há em diversas áreas do mundo, o que dá desculpas ao fanatismo, à irracionalidade e à violência política". Zapatero defendeu que a União Européia "jogue o papel que está em condições de jogar" e, por isso, lembrou que levará a iniciativa ao Conselho Europeu, que será realizada no próximo mês em Bruxelas. O presidente do governo espanhol insistiu em que se deve enfrentar a responsabilidade e mobilizar todas as iniciativas políticas "no seio de quem mais pode e deve fazer, que é a União Européia". Após lembrar as propostas contidas na iniciativa de paz, lamentou que "alguns já tenham se apressado em desacreditá-la ou qualificá-la de ingênua ou pouco realista". Com relação à Guerra do Iraque, lamentou que não se tenha resolvido nenhum dos problemas e que, pelo contrário, a violência, o fanatismo e a irracionalidade tenham se exacerbado. Conseqüências frente às quais "aqueles que desencadearam" essa situação já começam a buscar uma saída, acrescentou Zapatero.

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