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Zardari toma posse como presidente do Paquistão

Por AP , Reuters e Islamabad
Atualização:

Prestando homenagens a sua mulher - a ex-premiê assassinada em dezembro, Benazir Bhutto -, Asif Ali Zardari assumiu ontem a presidência do Paquistão, sucedendo a Pervez Musharraf, que renunciou no dia 18. Ao tomar posse, Zardari anunciou que tem um "plano completo" para combater os militantes islâmicos no país. Além dos ataques do Taleban, o novo presidente também terá de lidar com a grave crise econômica e com a oposição do ex-premiê Nawaz Sharif, que abandonou a coalizão de governo formada com Zardari logo após a renúncia de Musharraf. Eleito indiretamente no sábado pelo Parlamento paquistanês e assembléias provinciais, o presidente disse que espera transformar os pontos negativos do país em aspectos positivos. Estamos no olho do furacão e vejo isso como uma oportunidade. Essa será a nossa força. Pretendo usar a ajuda do mundo para desenvolver o futuro do Paquistão e mudar o futuro dos nossos vizinhos." Logo após a cerimônia de posse, Zardari deu uma entrevista à imprensa ao lado do presidente afegão, Hamid Karzai, indicando uma aliança mais estreita entre os dois países. "Para cada passo que você tomar em relação à guerra contra o terrorismo, o Afeganistão te acompanhará", disse Karzai. "Somos maiores que nossas fraquezas", completou o líder paquistanês. Zardari tornou-se líder do Partido Popular do Paquistão (PPP), que venceu as eleições gerais de fevereiro, após o assassinato de Benazir. Figura polêmica, ele já passou mais de dez anos preso e foi acusado de corrupção durante o governo de sua mulher, quando ganhou o apelido de "Sr. 10%". Seus críticos o acusam de ter explorado de forma oportunista a morte de Benazir para ascender politicamente.

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