23 de julho de 2009 | 17h09
Zelaya esclareceu que não planeja voltar imediatamente a Honduras. "Acredito que estaremos na fronteira no sábado ou no domingo, porque iremos devagar, para chegar com um forte contingente de hondurenhos ao nosso lado", disse. Enquanto regressa, Zelaya instalará um "posto de comando" na cidade nicaraguense de Estelí, 100 quilômetros ao norte de Manágua, onde será avaliada a maneira mais conveniente de entrar em Honduras, disse Allan Fajardo, um dos funcionários do governo hondurenho deposto. Zelaya e Fajardo não informaram o ponto exato onde pretendem cruzar a fronteira.
Os possíveis caminhos terrestres da Nicarágua para Honduras são Guasaule, na província de Chinandega, 126 quilômetros ao oeste de Manágua; ou então El Espino e Las Manos, ambos em Madriz, a 150 e 185 quilômetros ao norte da capital da Nicarágua, respectivamente. Fajardo não descartou que Zelaya use um avião para viajar a El Salvador ou à Guatemala, ou navegar na costa caribenha para alcançar Honduras. Zelaya disse que regressará sem armas.
Após tomar conhecimento na noite de quarta-feira sobre o fracasso da mediação do presidente de Costa Rica, Oscar Arias, que tentava restituí-lo ao cargo, Zelaya anunciou sua volta a Honduras acompanhado por sua esposa, filhos, um grupo de aliados políticos e jornalistas. Esta é a segunda tentativa de Zelaya voltar a Honduras. Afastado da presidência por um golpe de estado em 28 de junho, ele tentou voltar em 5 de julho a Tegucigalpa, vindo de Washington em um avião de matrícula venezuelana. O avião não obteve permissão para pousar no aeroporto da capital hondurenha.
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