17 de maio de 2011 | 11h30
"Uma multidão de seus partidários o receberá no aeroporto internacional de Tegucigalpa", previu Tomé. Segundo ele, "tudo será possível se Lobo assinar o Acordo de Cartagena das Índias". O assessor se referia a uma reunião celebrada no fim de abril na cidade colombiana, entre o presidente hondurenho, Porfirio Lobo, e seus colegas da Venezuela, Hugo Chávez, e da Colômbia, Juan Manuel Santos.
Chávez está entre os líderes sul-americanos que resistem a reconhecer a legitimidade do governo de Lobo e se opõem ao retorno do país à Organização dos Estados Americanos (OEA) antes da resolução do problema. Outros países com postura similar são Brasil, Bolívia, Argentina e Equador.
Os três governantes decidiram, porém, facilitar o retorno de Zelaya a Tegucigalpa, como passo prévio para que Honduras se reincorpore à OEA. O ex-presidente vive atualmente na República Dominicana. A aliança regional suspendeu o país após o golpe de Estado contra Zelaya, em junho de 2009.
Tomé afirmou que o Acordo de Cartagena contempla quatro pontos: o fim da perseguição a Zelaya e seus partidários e o retorno seguro do político ao país; garantias para se convocar um processo constituinte; respeito aos direitos humanos e a investigação de possíveis violações; e garantias para que os partidários de Zelaya participem da vida política e das eleições de 2014 como partido político.
A readmissão de Honduras na OEA pode ocorrer antes da Assembleia Geral da entidade, marcada para 5 de junho, em El Salvador. A Corte Suprema de Justiça do país suspendeu os processos por corrupção contra Zelaya, abertos pela promotoria há quase dois anos. As informações são da Associated Press.
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