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Zuma será indiciado por corrupção

Procurador diz ter provas de que novo líder do CNA aceitou suborno; partidários acusam Mbeki de sabotagem

Por Polokwane e África do Sul
Atualização:

A Procuradoria da África do Sul revelou ontem que deverá processar por corrupção o recém-eleito líder do Congresso Nacional Africano (CNA), Jacob Zuma. O procurador-geral Mokotedi Mpshe afirmou que há provas suficientes para acusar Zuma de ter recebido suborno de uma empresa francesa de armas. O episódio, ocorrido em 1999, culminou no indiciamento de um assessor e, depois, na destituição de Zuma do cargo de vice-presidente. "Com as evidências que temos hoje, levar o caso ao tribunal é algo iminente", afirmou Mpshe. Na terça-feira, Zuma derrotou o presidente Thabo Mbeki na disputa pela liderança do partido e deve se tornar presidente da África do Sul em 2009, já que o CNA, organização que liderou a luta contra o regime do apartheid, recebe a maioria dos votos do eleitorado negro. Uma condenação por suborno pode, entretanto, obrigá-lo a deixar o cargo. Partidários de Zuma disseram que a nova investigação é um plano de Mbeki para sabotar o rival. Zuma é acusado de exigir o equivalente a US$ 600 mil da empresa Thint, para que ela não fosse investigada por supostos subornos pagos ao governo sul-africano. No episódio, Schabir Shaik, conselheiro de Zuma, foi condenado a 15 anos de prisão. EFE E REUTERS AS ACUSAÇÕES CONTRA ZUMA 2005 - É destituído do cargo de vice-presidente após assessor ser condenado por suborno. Depois, Zuma também é acusado 2006 - Mulher HIV positivo acusa Zuma de estupro; ele nega 2006 - Processo de corrupção contra Zuma é interrompido 2007 - Dois dias após ser eleito líder do CNA, Zuma volta a ser acusado de corrupção

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