PUBLICIDADE

Ator de Homeland volta à música e lança dois álbuns

Mandy Patinkin voltou aos palcos em nova turnê

Por Elysa Gardner
Atualização:

Mandy Patinkin, 65, tem sido visto nos últimos tempos principalmente em “Homeland”, da rede Showtime. 

Mas como esta série caminha para a sua temporada final, Patinkin voltou as suas atenções para a música. Em abril, ele lançou “Diary: January 27, 2018”, a sua primeira coleção de canções em 16 anos.

A música apresenta leituras íntimas, enxutas, do material de autores-cantores e de genre-benders do pop alternativo, sem canções de musicais no pacote.

Com “Homeland” prestes a se concluir, Mandy Patinkin lançou dois novos álbuns que refletem seu estado de espírito. Foto: Devin Yalkin para The New York Times

PUBLICIDADE

Em setembro, seguiu-se “Diary: April/May 2018”, com um aceno ao passado de Patinkin - “Children and Art” de Stephen Sondheim, de “Sunday in the Park” - juntamente com canções de Randy Newman, Bob Dylan, Harry Nilsson, Keren Ann e o artista de teatro Taylor Mac, além de músicas compostas pelo próprio Patinkin há mais de 35 anos.

A série “Diary” levou Patinkin de volta ao palco: no dia 10 de outubro ele começou uma turnê em Nova York. “Mandy Patinkin in Concert: Diaries 2018” mescla canções lançadas recentemente, material pop tradicional e de musicais, com Adam Ben-David no acompanhamento.

Abaixo, trechos editados de uma conversa sobre as recentes escolhas de Patinkin.

O que deu origem à série “Diary”?

Publicidade

- Eu havia trabalhado com Paul Ford (diretor musical e acompanhante) por 30 anos, e quando ele se aposentou, poucos anos atrás, decidi fazer uma pausa. Então meu bom amigo Bob Hurwitz da Nonesuch Records me pôs em contato com Thomas Bartlett, e assim começamos a trabalhar juntos. Eu disse a Thomas que não trabalharia em nada que me lembrasse de coisas que eu havia feito, e ele falou: “Não se preocupe, eu venho de um mundo completamente diferente”. E me mandou 350 canções; eu escolhi 28 que tinham muito a ver comigo naquele momento.

Há certamente um tom sombrio em algumas dessas canções.

- Há uma relação pessoal em todas elas. “Dayton, Ohio - 1903” me lembrou do meu pai. “Going to a Town” (de Rufus Wainwright) foi interessante, porque quando cheguei à palavra “America”, estava pensando em Jerusalém, e ao processo de paz que está parado. Queria cantar para acabar com a ocupação, para que se chegasse à solução de dois Estados.

Há varias canções sobre mulheres, e de autoria de algumas mulheres, na segunda coletânea.

CONTiNUA APÓS PUBLICIDADE

- Pela primeira vez, estamos usando um vídeo nesta série de concertos de “From the Air”, de Laurie Anderson. E eu adoro Patty Griddin. A sua música “Making Pies” é a que roubei do espetáculo com Tylor, “The Last Two People On Earth”. Um dia desses vamos apresentar novamente esse espetáculo. Como você e Taylor Mac se encontraram?

(A diretora) Rachel Chavkin ensaiou comigo Shakespeare quando fiz “The Tempest”, na Classic Stage Company. Estávamos trabalhando no meu personagem Prospero e ela disse: “Eu conheço este cara, acho que nós dois faríamos uma excelente combinação”. Então ela foi a nossa Yente, ela promoveu o nosso encontro. Fizemos uma apresentação beneficente para o seu teatro, o Team, e ele chegou ao palco com o seu traje mal ajambrado; nunca o havia visto assim. Foi extraordinário, e logo nos demos conta de que teríamos de fazer mais coisas juntos.

Você quase voltou à Broadway no ano passado, em “Natasha, Pierre & the Great Comet of 1812”, mas desistiu depois de uma controvérsia com o casting. Isto deve ter sido muito doloroso.

Publicidade

- Foi uma experiência que me deixou amargurado. Eu aprendi cada palavra, e isto me entristeceu muito. 

Mas vou voltar - é por isso que estou fazendo estes concertos. Não preciso fazer um show na Broadway; só preciso interpretar canções nas quais acredito, para uma pessoa ou para um grupo de pessoas. Porque não encontrei uma maneira melhor de orar.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.