Eles se reúnem em cantos estranhos do parque empresarial. Perambulam embaixo de pontes. Saltam em escadas e em rampas radicais.
Eles estão sendo apenas eles mesmos.
Talvez não exista outro esporte, se é que devemos chamar de esporte agora que fará sua estreia nas Olimpíadas, onde a expressão é livre e a liberdade tão expressiva.
Somente quatro rodas e uma prancha. A única barreira é a sua imaginação.
Nada de uniforme além das solas de borracha planas. Além disso, o que você desejar. Talvez uma proteção no peito, ou um short curto estilo Nyiah e suspensórios como o exibido pelo jovem profissional de 17 anos Bryce Wettstein numa competição de skate realizada em meados de maio.
Meias até os joelhos, ou nenhuma. Gorro ou um boné de beisebol, cabeça raspada ou dreadlocks. Ninguém se importa. Uma camiseta promovendo uma marca confiável ou uma banda antiga.
Você nem mesmo precisa disso.
Não vamos romantizar demais. Há muito mau comportamento, desde o incômodo que provoca ao vandalismo e agressões. Há um machismo descontrolado, embora esteja lentamente diminuindo com o aumento acelerado de mulheres e garotas skatistas. Há disputas territoriais e batalhas por influência.
Depois de décadas de busca, o skate encontrou um tênue equilíbrio – surfando, pé direito na frente do esquerdo - entre a cultura popular e a contracultura. É uma mistura de punk e pop, se esforçando para manter a vibe marginal quando milhões de crianças se juntam ao clube. Pode ser um esporte de entusiastas fanáticos e um esporte olímpico. Pode ser todas as coisas para todas as pessoas.
Existem skatistas que parecem com você. E skatistas que não parecem nada com você.
Eles circulam num espaço, envolvidos num esporte que, de algum modo, faz todos à volta, ela ou ele, eles ou elas, se sentirem conectados.
Como isso acontece? Como quatro rodas e uma prancha conseguir tudo isso?
Talvez porque existe uma única regra realmente: ousar ser você. /TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
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